segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O bosque das fadas

Em um lugar encantado lá no meio da floresta existia um bosque mágico onde fadas e duendes viviam harmoniosamente protegendo a natureza.
Do outro lado também havia um lugar triste e sombrio, onde morava o Sr. da escuridão, que ocupava seu tempo em fazer maldades e odiava a tudo e a todos, por isso vivia sempre sozinho.
Certo dia o Sr. da escuridão escutou uma melodia tão linda que mesmo com seu coração de pedra, ficou comovido com o que ouvia.
Os dias se passavam e sempre a mesma hora aquela melodia de notas tão suaves invadiam o seu castelo, aquilo já o incomodava. Como ele tão acostumado a não ter bons sentimentos ficava tão comovido com aquela canção?
Saiu de seu castelo decidido a encontrar a dona daquela voz, teria que tê-la só para si, mas como todos o temiam , bebeu uma porção mágica para transformar-se e não ser reconhecido.
Saiu caminhando, e ia tão perdido em seus pensamentos que nem se deu conta que tinha entrado no bosque das fadas.
Na mesma hora de sempre lá estava ela, a fadinha Estrela era tão linda e tinha uma voz tão delicadamente doce que o Sr. da escuridão ficou encantado por ela, aproximou-se e disse:
-Quem é você?
_Sou Estrela a fada do canto protetor. E você viajante qual o seu nome?
-Meu nome não importa, vim de muito longe. Você aceitaria ir morar no meu castelo e cantar apenas para mim? Não se arrependerá, será coberta das jóias mais raras e nada te faltará.
-Nunca!Sou uma fada, gosto de viver livre e canto para tornar a natureza ainda mais bela, sem o meu canto toda floresta morreria.
-Como ousa recusar meu convite?-Disse o Sr. Escuridão muito irritado.
Sentiu uma tristeza em não poder tê-la só para si, mas disse a si mesmo que era apenas o orgulho ferido pela recusa da fadinha. Nem imaginava que algo dentro dele mudara.
E no caminho de volta, gritou, blasfemou, jurou vingança.
Ao chegar ao seu castelo sombrio preparou um feitiço para destruir a natureza, pois acreditava que se a fada não tivesse mais que cuidar dela, iria sem dúvida cantar só p ele.
O feitiço foi tão forte que mesmo todas as fadas juntas não conseguiram detê-lo.
Toda natureza estava morrendo, não havia mais alimentos e o frio insuportável invadia a floresta, assim era difícil resistir.
Dias se passaram, e como já não ouvia mais aquele canto que fazia soltar-lhe o coração, resolveu ir até a floresta para verificar o que tinha acontecido, se seu plano tinha dado certo.
Quando chegou lá, foi tomado de extrema surpresa, pois encontrou a pobre fada muito doente, sem voz e tremendo de frio.
Ao vê-la daquele jeito, seu coração batia de uma forma estranha, sentiu a dor em si. Nem percebeu que dos seus olhos desciam lágrimas.Arrebatado por um sentimento de amor , sentiu uma enorme vontade de ajudá-la.
-O que eu fiz?Como não percebi que com meu egoísmo acabei destruindo a única pessoa que amei na vida. E agora o que posso fazer?-Disse o Sr. Escuridão.
A rainha das fadas se aproximou e disse:
-Com seu feitiço vai ser difícil. Desista dele para que nós possamos cantar e trazer a vida de volta ao bosque,talvez assim, ela tenha uma chance de viver.
Ele nem pensou duas vezes, desfez o feitiço e logo as fadas passaram a cantar, mas como estavam fracas, nada parecia melhorar, até que o Sr. escuridão, que já não era tão escuro assim, comovido pelo esforço das fadas em salvar sua amada, começou a cantar também, e o seu canto era tão cheio de amor e esperança, que a natureza e a fadinha reviveram.
A partir daquele dia o Sr. da escuridão passou a ser chamado de Sr. da Luz, e a fadinha Estrela ficou tão encantada por seu salvador que acabou apaixonando-se por ele...
E o fim dessa história meus amiguinhos vocês já sabem...
E foram felizes por todo sempre.

Autora: Jeanne Oliveira Farias

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A festa da amizade

Na floresta da Bicholândia morava um porquinho chamado Juquinha. Ele tinha muitos amigos e como adora se divertir resolveu convidar todos os bichos para o seu aniversário. Quer dizer, todos menos o lobo Adamastor, pois desse ai ele tinha muito medo.
Quando a notícia da festa se espalhou ninguém falava de outra coisa, sendo assim, rapidinho o lobo ficou sabendo dessa festividade e ficou todo animado.
Ao receber a noticia que seu nome não estava na lista dos convidados ficou muito triste, mas como era esperto e decidido pensou logo em uma maneira de provar que não era mau, que essa história de ser malvado era tudo invenção das pessoas; Na verdade ele era bonzinho e iria mostrar isso a todos.
Ele pensou, pensou e disse:
-Já sei vou descobrir uma coisa que ele queira muito ganhar, assim o Juquinha vai ser meu amigo e me deixará entrar na festa... Mas peraí... Como eu vou descobrir? Hum... Já sei! Vou me disfarçar e investigar.
E assim ele fez, se fantasiou de arbusto e tratou de seguir os bichos, escutando tudo o que conversavam.
Logo avistou o cachorro Joca e o macaco Simão conversando e sorrateiramente se aproximou para escutar.
-Oi seu macaco!
-Oi seu cachorro!
-Você vai à festa do Juquinha?-Perguntou o cachorro.
-Claro que sim já comprei até esse presentinho._Respondeu o macaco.
O presente era um perfume tão forte, que quando o Simão abriu um pouquinho para mostrar ao amigo, o coitado do lobo ao sentir aquele cheiro começou a espirrar, e os dois bichos que estavam conversando, saíram em disparada achando que iriam ser devorados.
Assustados com o ocorrido foram correndo contar o que tinha se passado, o porco ficou nervoso, porém o leão logo o acalmou prometendo que não deixaria o lobo entrar na sua festa.
Do outro lado da floresta, o lobinho já ia voltando cabisbaixo para sua casa, quando ouviu a Dona pata conversando com a mãe do Juquinha, dizendo que queria ganhar uma bicicleta.
Ora, muito simples, agora é só ir até a loja do seu Carneiro e comprar... Êpa... Mas com que dinheiro eu vou comprar?_Pensou o lobo.
Ele pensou e decidiu mais uma vez se disfarçar e ir vender uns bolinhos que aprendeu a fazer com sua vó.
Quando conseguiu todo o dinheiro do presente, foi todo prosa até a loja comprá-lo.
Quanto esforço, mas valerá a pena, todos vão saber que sou bonzinho e então serão meus amigos.
No tão esperado dia, toda bicharada estava dançando alegremente. Quando o lobo chegou foi uma gritaria.
O Juquinha começou a chorar e o leão saltou sobre o lobo com toda sua fúria, que muito assustado correu de volta pra sua casa aos prantos.
No meio de toda essa confusão eis que surgiu a fada protetora da floresta, que repreendeu o porco e todos os outros animais por julgar o lobo sem conhecê-lo direito, sem nem mesmo nunca ter falado uma só palavra com ele. Contou-lhes todo esforço que ele tinha feito para ser amigo deles, que tinha trabalhado bastante para comprar aquele presente que o porco tanto queria.
-Enquanto todos aqui são amigos, o lobo e sozinho... Quem gostaria de ser sozinho e não ter amigos para conversar e brincar?_Perguntou a fada.
Todos ficaram sem palavras, envergonhados por terem sido tão egoístas. Decidiram todos juntos irem até a casa do Adamastor pedir desculpas.
Encontraram o lobinho triste em sua casa. Todos se desculparam e Juquinha convidou o novo amigo a participar de sua festa, ele ficou tão feliz que saiu aos pulos de alegria, finalmente tinha amigos, nunca mais ia ficar sozinho. E foi nesse clima de amizade que aconteceu a melhor festa que a floresta já viu, afinal, quem descobre um novo amigo encontra um tesouro.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A estrela que caiu na terra

Era uma vez uma estrelinha chamada Lia, que de tanto ouvir suas amigas falarem da terra ficou muito curiosa para conhecê-la também.
-Mamãe você me leva para conhecer a terra?_perguntou a estrelinha.
-Não posso minha filha.
A estrelinha que não desistia fácil disse:
-Mas mãe, todas as minhas amiguinhas já conhecem, só eu não...
-Minha querida, tenho muito trabalho, se eu for quem vai acender as luzes do céu?_Respondeu sua mãe.
Lia ficou tão decepcionada que nem respondeu saiu triste e cabisbaixa, ficou pensando em quantas coisas queria conhecer, mas como isso seria possível se sua mãe estava sempre tão ocupada?
-Já sei!_ela pensou. Vou dar uma fugidinha, vou à terra conheço o que eu quero e volto rapidinho, minha mãe não vai nem perceber.
O que lia não imaginava é que as coisas nem sempre saem como queremos.
Enquanto isso na terra, a noite estava fria e cheia de barulhos estranhos provocados pelo vento, o que deixava alguns bichinhos da floresta tremendo de frio e medo. O elefante Leleko, por exemplo, vinha tentando encontrar um lugar quentinho para se abrigar quando viu um estranho clarão na floresta.
-Uma fogueira_ele pensou._Vou correr e me aquecer do frio.
Quando já estava bem perto, ouviu um choro bem baixinho e ficou tremendo, mas dessa vez, de medo.
-Quem está aí?_perguntou Leleko.
-Sou eu, a estrelinha.
-Q. Q. Quem?Uma estrelinha?
E Leleko se aproximou admirado com o que acabava de ver e perguntou:
-O que você está fazendo aí?Sempre achei que estrelas morassem no céu.
-E moramos_replicou a estrelinha. Eu fugi de casa para conhecer a terra, mas quando cheguei aqui bati em uma árvore e quebrei uma das minhas pontinhas ,agora não consigo mais voar.Me chamo Lia.Você pode me ajudar?
-Me chamo Leleko e posso tentar._ele respondeu.
O elefante tomado pela vontade de ajudar, logo teve uma idéia; Pediu que a estrelinha subisse em sua tromba, ele tentaria arremessá-la de volta ao céu, e assim ela fez.Leleko jogou a tromba para um lado e para o outro e boom... A estrelinha subiu, subiu , subiu, porém, acabou caindo antes de chegar ao céu, e só não se machucou de novo porque o elefante segurou antes que ela caísse novamente no chão.
Lia e Leleko foram então procurar o senhor macaco que morava numa casa na árvore e era considerado o bicho mais inteligente da floresta.
-Sr. Macaco! _gritou Leleko.
-No que posso ajudar elefante?_respondeu cheio de pose e soberba.
Quando o macaco viu a estrelinha ficou boquiaberto, pois nunca tinha visto nada tão estranho.
-O que você faz aqui? perguntou o macaco a estrela.
Antes que Lia começasse a falar Leleko abreviou a história contando alguns detalhes e perguntando se o macaco podia ajudar;Ele logo teve uma idéia, que achou genial, pois se achava o máximo.
-Amarre esse cipó entre as árvores._ordenou o macaco. Depois coloque a estrelinha no meio e puxe forte, depois é só soltar.
O elefante obedeceu tudinho, entretanto, o plano mais uma vez falhou.
Foram convocados todos os bichos da floresta para ajudar, muitas idéias surgiram, mas nenhuma deu certo.
Pobre estrelinha!Mas Leleko sabia que não descansaria até ajudar sua nova amiga; Nesse momento surgiu um bichinho tão pequeno, que quase não se conseguia vê-lo. Era o besourinho.
-Eu posso levar a estrelinha para casa!_disse ele.
Os outros bichos, claro, caíram na gargalhada.O leão que era o rei de todos os animais foi logo dizendo:
-Se eu que sou o rei e mando em toda floresta, sou forte e inteligente não consegui, como um ser tão pequenino conseguirá?
-É verdade eu sozinho nada consigo, mas eu e meus amigos podemos sim levá-la.
E nesse momento todos ficaram estupefatos, pois a estrelinha apoiada pelos besourinhos estava voando novamente.
- Adeus_gritou Leleko. seja feliz!
Os bichinhos levaram a estrelinha de volta para casa e ao chegar encontraram Sra. estrela triste e muito preocupada.Ao vê-los a D. estrela Falou:
-Minha filha você está bem?Porque você fez isso?
A estrelinha explicou toda história a sua mãe e garantiu que nunca mais faria isso de novo. Sua mãe perdoou, mas garantiu que ela iria ficar de castigo por algumas luas...Dona estrela nesse momento ouviu um barulho triste, eram os besourinhos chorando, pois estava muito escuro e eles não conseguiriam ver o caminho de volta para casa.
-Não chorem._disse a Sra. estrela. Hoje vocês me devolveram o meu bem mais precioso, vou dar-lhes um presente muito especial.
Cada besourinho que era tocado pela estrela ganhava uma luz, e em poucos momentos estava tudo iluminado.
-Pronto, agora vocês podem ir, de hoje em diante vocês iluminarão o caminho dos viajantes pela floresta.
E os besouros passaram a ser chamados de vaga-lumes, voltaram para casa felizes da vida cantando:
-Obrigado estrelinha por meu caminho iluminar.
Vou brilhando para floresta, para os outros eu guiar.
E assim todos no céu e na terra poderiam seguir felizes e em paz.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O reino das letras

Era uma vez um reino frio e triste habitado por letras.
Embora morassem bem perto nunca se falavam, andavam sempre sozinhas e distantes. Elas nem imaginavam que tudo isso estava bem perto de mudar...
E foi assim em um dia de sol daqueles que não se pode ficar em casa , que o rei envolvido pelo encanto e calor daquele dia tão colorido, resolveu sair de seu castelo e passear no parque;Lá chegando, viu que muitos de seus súditos tinham tido a mesma idéia, e ele em um gesto de ousadia de que só um rei é capaz começou a gritar:
-Venham, juntem-se , vamos comemorar esse dia tão lindo!
De inicio todos se olharam assustados, mas quem ousaria desobedecer ao rei?
Timidamente foram se unindo para brincar , davam-se as mãos e se abraçavam, começaram a perceber que juntas ficavam mais fortes, juntas formavam palavras.
A brincadeira era tão divertida, que todas as letras que estavam no parque resolveram juntar-se para formar muitas palavras.
Quando a notícia se espalhou todas as outras letras do reino quiseram brincar também e tantas palavras se formaram que assim nasceram frases e textos de todos os tipos, que se espalharam pelo mundo levando alegria e conhecimento a todos os outros reinos.
E o reino das letras passou a ser chamado de Reino encantado do alfabeto, e bem na entrada do reino o rei mandou construir uma placa escrita assim:
-Aqui você pode Ler, Fantasiar, Aprender, Brincar, Estudar e Também viajar nas Ondas do saber.Sejam bem vindos!

autora: Jeanne Oliveira Farias